segunda-feira, 27 de junho de 2016

Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda tem nova diretoria

Desde maio o Núcleo Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda está sob nova direção, eleita para o biênio (2016 – 2018).
Segundo o novo presidente do NPHTT Cássio Lopes, o objetivo do Núcleo é valorizar a pesquisa histórica em nossa cidade e região, retomando atividades culturais, se possível em parceria com órgãos públicos e privados.
No dia 2 de maio de 2016 a presidente em exercício Heloisa Beckman deu posse ao presidente Cássio Lopes. “Queremos resgatar o trabalho importante que o Núcleo vem desenvolvendo durante esses 22 anos de história”, comenta Cássio.

A nova direção é formada por:

Presidente: Cássio Gomes Lopes
Vice Presidente: Hamilton Caio Vaz
Secretário: Diones Piazer Franchi
1° Membro Diretor: Fabio Luis Tomm
2° Membro Diretor: Cid Marinho
3 °Membro Diretor: Neiva Brito
Assessor Jurídico: Emerson Rodrigues da Silva

É necessário ressaltar que alguns cargos poderão ser remanejados ou acrescentados no futuro.
Os horários e locais das reuniões serão divulgados no blog https://nucleodepesquisashistoricas.blogspot.com.br/ e na página do Núcleo no facebook, para isso basta pesquisar o nome do Núcleo.
O Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda - Bagé – RS, está aberto a todos que tiverem interesse por história, principalmente pela história do município e do Rio Grande do Sul.

 Diones Franchi, Heloisa Beckman, Cássio Lopes e Hamilton Caio Vaz

sábado, 18 de junho de 2016

Mercado Publico e Casa de Cultura Pedro Wayne


Por: Cid Marinho

Antigamente, neste local, funcionava uma casa comercial muito conhecida na cidade, chamada Casa Vermelha. Fundada em 1902, a Casa Vermelha era considerada uma das casas comerciais de maior bom gosto e luxo da época, e possuía artigos para homens, mulheres e crianças, além de perfumes, calçados, miudezas, secos e molhados, além de que, várias mercadorias vinham da Europa.
O antigo prédio foi vendido em 1919 para o Banco do Comércio, e demolido na década de 20 para ser construído em seu lugar a sede da agência do Banco Nacional do Comércio.
O atual prédio, com tendência positivista, foi inaugurado em 15 de maio de 1929. Na década de 70, a agência foi desativada. A Prefeitura adquiriu o prédio na década de 90, durante o governo de Luís Alberto Vargas, e o transformou num centro cultural da cidade. Recebeu o nome de Casa de Cultura Pedro Wayne, em homenagem a este ilustre escritor, jornalista e animador cultural de Bagé, falecido em 1951.
Hoje, a Casa de Cultura, está disponibilizando eventos de cultura popular, erudita, regional e universal. Além das manifestações de arte (como desenho, gravura, pintura, escultura, literatura, música, dança, folclore e artesanato). Outros temas, como ecologia, fazem parte da vida da Casa de Cultura, que sempre conta com alguma exposição ou evento para presentear ao bageenses e visitantes.

Casa de Cultura Pedro Waine e Antigo Mercado Público de Bagé - RS

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Palestra - Primórdios da Medicina em Bagé


O Major Jorge Reis

Por: Tarcísio Taborda
Logo nos primeiros meses de circulação manteve o Correio do Sul uma secção denominada “Petit Cinema”, a cargo de Eclair, que fazia “charges” poéticas das figuras locais. Na edição de 18 de novembro de 1914, a “charge” XXXII retratava o velho historiador de Bagé, nos seguintes versos:

“Alferes honorário, por um lado,
Major, por outro lado, da briosa.
É velho e de moreno carregado.
Nossas datas comenta em boa prosa.

Da intendência, caríssimo leitor,
Ele é funcionário inteligente,
Tem uma veia de historiador,
Usa um PORRETE de assustar a gente”.


Jorge Reis nasceu em Bagé, no dia 26 de junho de 1853, sendo filho do português Francisco José da Silva Reis e de Aurora Gonçalves Reis.
Inteligente, inquieto, cedo matriculou-se na aula do sexo masculino do Mestre Porto, o mais famoso e dedicado professor do seu tempo. Aí esteve durante seis anos e aí foi submetido a exame por D. Pedro II. O nosso imperador visitava Bagé em outubro de 1865 e, como de hábito, dedicava a maior parte do tempo a inspecionar as escolas e conversar com professores e alunos. O Conde d`Eu em seu diário de viagem comenta essa visita e o próprio Jorge Reis, em seu livro “Homens do Passado”, fala do episódio.
A vibração cívica daqueles dias, em que o Brasil estava em guerra contra o Paraguai, tirou Jorge Reis da escola para sentar praça no 5° Regimento de Cavalaria, onde logo atingiu a graduação de Alferes.
Dedicou-se ao jornalismo e à advocacia, foi político liberal e escreveu duas obras fundamentais para a história de Bagé.
Como jornalista, fundou o “Cruzeiro do Sul”, folha imparcial, consagrada a defesa dos interesses locais, além de ter sido redator da “União Liberal”, de propriedade de Silveira Martins.
Como advogado, teve ativa vida forense, e exerceu as funções de procurador do Município e de auxiliar do Procurador Geral da República, além de ter exercido a promotoria pública, como substituto.
Como político, foi ativo pregador das ideias liberais, propugnou e fez campanha pela abolição da escravatura e integrou-se entre os propagandistas da república, tendo participado do Congresso Republicano de 1883.
Exerceu as funções de Secretário da Câmara de Vereadores.
Quando da Revolução Federalista de 1893, esteve no Cerco de Bagé, e por sua dedicação em defesa da legalidade, recebeu do Marechal Floriano Peixoto, Presidente da República, a Patente de Major Honorário do Exército Brasileiro.
Destacada figura de nosso meio social, integrou diretorias de muitas instituições sociais e beneficentes.
Foi Diretor da Instrução Pública, Delegado de Polícia e, sobretudo, o historiador de Bagé.
Pela imprensa divulgava fatos de nosso passado e em seus dois livros “Apontamentos Históricos e Estatísticos de Bagé” e “Homens do Passado”, imortalizou a vida de nossa cidade.
Foi um grande servidor de nossa terra, foi um grande pregador de ideias liberais, foi a melhor testemunha de nosso passado.
Jorge Reis faleceu em Bagé, aos 71 anos de idade, no dia 16 de abril de 1924.

Artigo publicado no Correio do Sul em 4 de setembro de 1983.

sábado, 11 de junho de 2016

Nota de pesar pelo falecimento do General Aluísio Budó

O Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda manifesta o seu pesar e sua solidariedade à família, aos amigos e aos admiradores do General Aluísio Budó que faleceu no dia 8 de junho de 2016 em Bagé aos 83 anos. Budó além de dedicar sua vida ao exército, se dedicou muito a comunidade bageense. Foi um dos fundadores do Rotary Clube Bagé Campanha. Foi provedor da Santa Casa entre 2004 e 2005, Secretário de Administração no governo da primeira gestão de Carlos Sá Azambuja e integrou a direção do Núcleo de Pesquisas Tarcísio Taborda. Budó era viúvo e deixa os filhos Thais, Ana Luísa e Santiago César. 
Ao General Aluísio Budó, ex-membro do Núcleo de Pesquisas Tarcísio Taborda, rogamos a Deus as suas bençãos e o conforto aos familiares.