Por: Tarcísio Taborda
Foi
a Lei municipal n° 1628, de 21 de junho de 1970, projeto de autoria do vereador
Iolando Machado, sancionada e promulgada pelo prefeito municipal Washington
Bandeira, que estabeleceu a Semana de Bagé. Seu objetivo era assinalar o
aniversário da fundação de Bagé, ocorrida a 17 de julho de 1811.
Essa
lei estabelece que a “Secretaria de Educação do Município organizará todos os
anos um programa de festejos” e “que a Câmara Municipal de Vereadores
realizará, todos os anos, no dia 17 de julho, uma sessão solene ao encerramento
da Semana de Bagé”.
Desde
1956, a Câmara Municipal vinha assinalando a data da fundação de Bagé,
depositando uma oferenda floral, na herma de Dom Diogo de Souza e, em 1960,
inaugurou o retrato do fundador de Bagé, em sua sala de sessões. Também, nessa
data, reservava para homenagens especiais as personalidades e, inclusive em
1971, promulgou a nova Lei Orgânica do Município.
Só
em 1973, contudo, foi que o prefeito Antônio Pires implantou as celebrações da
Semana de Bagé. Nesse ano, fez uma programação de política de resultados,
trazendo, em cada dia, um secretário de Estado, um diretor de instituição
financeira ou um dirigente empresarial, para debater assuntos do Município e da
Região. Nesse ano, o Museu Dom Diogo de Souza promoveu o I Museu de Rua, com a
exposição de fotografias antigas da cidade, colocadas nos locais onde se achava
o fotógrafo, permitindo, assim, uma comparação de ontem com o atual.
A
partir de então, não se deixou mais de celebrar a Semana de Bagé, atingindo-se
o vigésimo ano consecutivo de comemorações. Contudo, houve modificações. A
Câmara não mais realizou as sessões solenes, a oferenda floral deixou de ser
promovida pelo Poder Público, para ser confiada a Sociedade Portuguesa de
Beneficência, os retratos de Dom Diogo de Souza não estão nem mais no gabinete
do Prefeito e nem na sala de Sessões da Câmara.
Entretanto,
o episódio histórico de maior significação para o Município está assinalado. As
celebrações de 17 de julho relembram, anualmente, o ato de Dom Diogo de Souza,
que transformou o Acampamento dos Cerros de Bagé, na estática “Rainha da
Fronteira” de hoje.
Artigo publicado no jornal Correio do Sul em 11 de julho de 1993
Artigo publicado no jornal Correio do Sul em 11 de julho de 1993
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