Quem foi Tarcísio Taborda?

Foto: Lizete Guerra/ZH

Tarcísio Antônio Costa Taborda nasceu em 13 de Julho de 1928, filho de Attila Taborda e de Júlia Costa Taborda.

Seus estudos primários foram feitos com sua mãe e o secundário no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora em Bagé. Entre 1951 a 1955, exerceu o magistério secundário nos Ginásios Espiríto Santo, Profª Melanie Granier e na Escola Técnica de Comércio do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, lecionando história do Brasil, Elementos de economia política, Português e Latim.

Em 1952, formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Exerceu o magistério superior nas Faculdades de Filosofia Ciências e Letras e de Direito, integrante das Faculdades Unidas de Bagé (FUnBA) - Fundação Attila Taborda. Instituições Culturais realizadas: Instituto Genealógico Brasileiro em São Paulo em 1946; Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, em 1962; Academia de Letras em Bagé-RS, em 1970; Associação de Pesquisa Histórica e arquivista no Rio de Janeiro em 1971; Academia Riograndese de Letras em Porto Alegre em 1975, Instituto Geográfico de Minas Gerais - Belo Horizonte em 1982; Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina em Florianópolis em 1982, Sociedade Brasileira de Estudos do Século XVIII - Brasília-DF, em 1984, entre outras associações, academias e instituições culturais.

Dentre todas suas atividades ainda colaborou com o jornal Correio do Povo (Porto Alegre), Correio do Sul (Bagé) e Revista Militar Brasileira no Rio de Janeiro. Entre outras atividades também ministrou conferências e palestras para organizações civis, educacionais e militares de diversas regiões do país. Cursos de História do Rio Grande do Sul e História de Bagé, ministrados em 1965,1969,1970 e 1984.

Tarcísio frustrava-se ao falar quanto ao apoio material dado à pesquisa, pois a mesma era feita na base do esforço próprio, com exceção das áreas técnico-científicas. Na área de História o estado de São Paulo era o único que tinha um fundo para patrocinar pesquisadores. O grande reclamo dos brasileiro, era que os americanos, teriam patrocínio de suas universidades para realizar pesquisas de mestrado ou doutoramento, vindo ao Brasil e pesquisando em nossos melhores arquivos, editando as melhores obras a respeito da História do Brasil com documentos totalmente inéditos. Na visão de Tarcísio, o que não queria dizer que os brasileiros não tinham

acesso a esses arquivos , mas sim, porque o pesquisador americano vinha com tempo integral e dinheiro suficiente para "morar dentro de um arquivo" durante seis meses por exemplo, com isso concluía Tarcísio que, no Brasil a pesquisa é as custas do próprio pesquisador, sendo assim um amor suicida.

Teve muitas obras publicadas.

Faleceu prematuramente em um acidente automobilístico, no dia 13 de Março de 1994.

Granjeou a admiração e a estima da comunidade, que lhe é grata por tudo que fez nos diversos setores de atividades em que atuou, sempre com brilho e dedicação.

Fontes:

Lopes, Mário Nogueira (Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda) - Bagé Fatos e Personalidade - Praça da Matriz, 2007

Garcia, Elida Hernandes (Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda) - Escritores Bageenses - Praça da Matriz, 2006